sábado, 24 de julho de 2010

Egberto Gismonti - Academia de Danças



01 - Palácio das pinturas
    
02 - Jardim de prazeres
    
03 - Celebração de núpcias
    
04 - A porta encantada
   
05 - Scheherazade
    
06 - Bodas de prata
    
07 - Quatro cantos
    
08 - Vila Rica 1720
    
09 - Continuidade dos parques
    
10 - Conforme a altura do Sol
    
11 - Conforme a altura do Sol


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Academia de Danças é o trabalho mais progressivo na extensa discografia de Egberto Gismonti. Maestro, multiinstrumentista e arranjador, Egberto nunca teve o reconhecimento do público e da imprensa especializada em nosso pais. Claro que inúmeros dos seus trabalhos, como este que ora comento, são demais complexos para ouvintes que esperam uma musica convencional, sem experimentalismo, como nas faixas conforme altura do sol e da lua cuja influencia de Hermeto Paschoal é evidente.
Academia de danças nos aproxima muito da Mahavishnu Orquestra, pois alguns dos seus segmentos parecem guardar intima relação com o trabalho de John Mclaughlin.
Os tons são menores e palácio de pinturas inicia-se com um melodia por demais mórbida e triste porém belíssima e deslumbrante, assim como todo o lado A do então vinil, denominado CORAÇÕES FUTURISTAS, onde predomina os arranjos para violão e orquestra, com argumento baseado no livro das 1001 noites. Scheherazade é uma composição maravilhosa. O modo de execução do violão de sete cordas de Egberto é singular e lhe confere identidade notória. O que seria então o lado B, ACADEMIA DE DANÇAS, revela um Egberto pianista, virtuoso e com composições cuja linha melódica é rebuscada e dissonante, com letras de Geraldo Eduardo Carneiro, muito bonitas. O trabalho tem participações de Robertinho Silva na bateria que apoia como ninguém rítimos complexos cheios de variações. Danilo Caymmi contribui com a flauta e Luís Alves no baixo. Existem alguns coros e vocal feminino de Dulce, mas o próprio Egberto é responsável pelo vocal principal. A regência da orquestra é de Mário Tavares.
Academia de Danças é um dos mais complexos discos de progressivo já gravado no Brasil e deve ser necessariamente conhecido pelos pesquisadores deste gênero. Ele foi lançado em 1974, em pleno movimento progressivo nacional, entretanto, ele extrapola todas as influencias que naturalmente ocorriam nesta época, nos grupos de progressivo nacional. Tenho absoluta convicção, até hoje, de sua originalidade.
Texto extraido do Boteco dos Bloggers.


Sem pesadelo: Ao Sonho!






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